terça-feira, 15 de dezembro de 2009

JEJUM BÍBLICO


JEJUM BÍBLICO

ESTUDO ESCRITO PELO IRMÃO.
David Cloud

ADVERTÊNCIAS SOBRE O JEJUM

Jejuar não salva.

“9 ¶ E disse também esta parábola a uns que confiavam em is mesmos, crendo
que eram justos, e desprezavam os outros: 10 Dois homens subiram ao templo,
para orar; um, fariseu, e o outro, publicano. 11 O fariseu, estando em pé,
orava consigo desta maneira: O Deus, graças te dou porque não sou como os
demais homens, roubadores, injustos e adúlteros; nem ainda como este
publicano. 12 Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto
possuo. 13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria
levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: O Deus, tem
misericórdia de mim, pecador! 14 Digo-vos que este [publicano] desceu
justificado para sua Casa, e não aquele [fariseu]; porque qualquer que a is
mesmo se exalta será humilhado, e qualquer que a is mesmo se humilha será
exaltado.” (Lc 18:9-14 ACF)



Nesta parábola, o Senhor Jesus Cristo ensina que a salvação não pode ser
alcançada por obras religiosas e boas intenções. O auto-elogiado fariseu
deixou o templo numa condição não salva diante de Deus. O publicano
arrependido foi salvo por se humilhar e buscar a misericórdia de Deus.
Cristo não está trazendo luz aqui sobre a importância de jejuar, mais do que
Ele traz luz sobre a importância de dizimar. Mas nem jejuar, nem dizimar,
nem outro dever religioso podem justificar um homem diante de um Deus Santo.


Não se deve jejuar para se exibir.

“16 ¶ E, quando jejuardes, não vos mostreis contristados como os hipócritas;
porque desfiguram os seus rostos, para que aos homens pareça que jejuam. Em
verdade vos digo que já receberam o seu galardão. 17 Tu, porém, quando
jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, 18 Para não pareceres aos
homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu Pai, que vê em
secreto, te recompensará publicamente.” (Mt 6:16-18 ACF)

Deus odeia religião hipócrita, que é a tentativa do homem de parecer Santo
diante dos outros homens sem possuir a verdadeira santidade diante de Deus.
Nesta passagem, Cristo recusa o tipo de jejum feito com o objetivo de
parecer espiritual diante dos homens. Ainda, Ele não traz luz sobre a
própria prática do jejum, quando feito adequadamente. De fato, Ele tem como
garantido que Seus seguidores jejuarão. Ele não disse: “Se vós jejuares”,
mas “QUANDO jejuares”. E Ele faz uma maravilhosa e definida promessa que os
que praticam o jejum bíblico serão recompensados abertamente por Deus Pai.

Jejuar não deve ser um ritual religioso.

“Jejuo duas vezes na semana, e dou os dízimos de tudo quanto possuo.” (Lc
18:12 ACF)

Esta é a declaração de um fariseu que praticava a religião numa tentativa de
se justificar diante de Deus. Ele observava um período regular de jejum. No
entanto, em nenhuma passagem a Bíblia requer tal prática. O jejum não deve
ser simplesmente um ritual a ser observado uma vez por semana, ou uma vez ao
mês ou antes da Ceia do Senhor, etc. O jejum é algo a ser praticado
[somente] quando surge uma necessidade especial e quando o Espírito Santo
inspira.

O jejum é inaceitável e sem efeito sem um direto relacionamento com Deus

“3 ¶ Dizendo: Por que jejuamos nós, e TU não atentas para isso? Por que
afligimos as nossas almas, e TU não o sabes? Eis que no dia em que jejuais
achais o vosso próprio contentamento, e requereis todo o vosso trabalho. 4
Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo;
não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto. 5 Seria este o
jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a
sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de is saco e cinza? Chamarias TU
a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR? 6 Porventura não é este o jejum que
escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do
jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? 7
Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em
Casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te
escondas da tua carne? 8 ¶ Então romperá a tua luz como a alva, e a tua cura
apressadamente brotará, e a tua justiça irá adiante de it, e a glória do
SENHOR será a tua retaguarda. 9 Então clamarás, e o SENHOR te responderá;
gritarás, e ele dirá: Eis-me aqui. Se tirares do meio de it o jugo, o
estender do dedo, e o falar iniquamente;” (Is 58:3-9 ACF)

“5 Fala a todo o povo desta terra, e aos sacerdotes, dizendo: Quando
jejuastes, e pranteastes, no quinto e no sétimo mês, durante estes setenta
anos, porventura, foi mesmo para mim que jejuastes? 6 Ou quando comestes, e
quando bebestes, não foi para vós mesmos que comestes e bebestes?” (Zc 7:5-6
ACF)

Deus repreende os jejuns hipócritas dos filhos apóstatas de Israel. Eles
estavam obedecendo aos ditames da verdadeira religião, mas seus corações
estavam longe de Deus e estavam vivendo em direta desobediência à Sua Lei.
Nenhum dever religioso é aceitável diante de Deus que não proceda de uma
vida regenerada e que não seja guiada pela Bíblia e pelo Espírito Santo.

O jejum bíblico não deve ser feito por questões de saúde física

Embora vários tipos de jejuns podem ou não promover melhor saúde, este não é
o propósito da Bíblia para o jejum. Muitos livros cristãos populares
enfatizam a importância de jejuar para o benefício físico, mas esse jejum
não é bíblico Não podemos dizer se jejuar é bom ou não para a saúde e não
podemos dizer se é correto ou errado jejuar por questões de saúde. Estamos
dizendo simplesmente que a Bíblia não fala do jejum à luz da saúde.

Jejuar não é uma prática ascética

“20 Se, pois, estais mortos com Cristo quanto aos rudimentos do mundo, por
que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como:
21 Não toques, não proves, não manuseies?22 As quais coisas todas perecem
pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; 23 As quais têm, na
verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e
em disciplina do corpo, mas não são de valor algum senão para a satisfação
da carne.” (Cl 2:20-23 ACF)

Houve falsos mestres em Colossos que promoviam a idéia de que a
espiritualidade seria adquirida por várias práticas ascéticas, seguindo-se
uma lista de podes e não podes, feita por homens. Isto incluía certas regras
dietéticas especiais e o jejum, como meio de negar o corpo. Os monges
católicos romanos e gregos ortodoxos de certas ordens praticam esse tipo de
coisa. Eles se mantêm à parte da interação normal com as pessoas; seguem
regras rígidas de trabalho, dieta e meditação; observam períodos regulares
de jejum, solidão e silêncio; punem seus corpos de vários modos, alguns
inclusive fustigando seus próprios corpos com varas. Esta vida ascética é
entendida como meio pelo qual os indivíduos monges podem desenvolver sua
salvação e se aproximar de Deus. Os sacerdotes hindus e budistas também
praticam ascetismo numa tentativa de atingir níveis elevados de
espiritualidade em seus falsos sistemas religiosos.

O apóstolo Paulo advertiu contra este tipo de coisa. Nem a salvação nem a
espiritualidade são obtidas pelo ascetismo. Pode-se receber o perdão dos
pecados e a vida eterna através de um salvítico relacionamento com Cristo,
através do arrependimento e da fé na morte de Cristo na cruz. E se cresce na
prática da santidade andando na companhia de Cristo ressureto. Isto é o que
o apóstolo Paulo lembrou aos cristãos de Colossos que estavam em perigo de
serem iludidas pelos falsos ascetas. “8 Tende cuidado, para que ninguém vos
faça presa sua, por meio de filosofias e vãs sutilezas, segundo a tradição
dos homens, segundo os rudimentos do mundo, e não segundo Cristo; 9 Porque
nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade; 10 E estais
perfeitos nele, que é a cabeça de todo o principado e potestade; 11 No qual
também estais circuncidados com a circuncisão não feita por mão no despojo
do corpo dos pecados da carne, a circuncisão de Cristo; 12 Sepultados com
ele no batismo, nele também ressuscitastes pela fé no poder de Deus, que o
ressuscitou dentre os mortos. 13 ¶ E, quando vós estáveis mortos nos pecados
e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele,
perdoando-vos todas as ofensas, 14 Havendo riscado a cédula que era contra
nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a
tirou do meio de nós, cravando-a na cruz. 15 E, despojando os principados e
potestades, os expôs publicamente e deles triunfou em si mesmo. 16 ¶
Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos
dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados,” (Cl 2:8-16 ACF)

O jejum é uma parte importante da vida e do ministério cristãos, mas devemos
ter cuidado de não pensar que a espiritualidade vem através da punição do
corpo e da observação de vários rituais e leis dietéticas. A espiritualidade
vem da comunhão- companheirismo com Jesus Cristo.

O jejum não garante que a oração será atendida.

Em 2Sa 12 temos o registro de como Davi jejuou e orou procurando que Deus
preservasse a vida do filho que ele concebeu do relacionamento adúltero com
Betseba. Deus não respondeu à oração nem honrou o jejum de Davi naquele caso
específico. Isso nos lembra que jejuar, enquanto uma prática importante na
guerra espiritual, não é uma garantia de que obteremos o que desejamos de
Deus. A oração fervorosa junto com o jejum muitas vezes resulta na resposta
que se busca de Deus, mas não é garantia absoluta. Deus é sempre soberano
para responder à oração e devemos sempre nos submeter à Sua vontade.

Jejuar é um assunto pessoal.

Jejuar é importante e útil na vida e no serviço cristão, mas não é algo que
possa ser ordenado [ou induzido] [por outra pessoa] e não é algo pelo qual
devemos julgar a condição espiritual de outros. O voto nazireu é uma
ilustração disto. Deus não exigiu que o povo fizesse voto nazireu (exceto em
poucos casos incomuns, como o de Sansão, Samuel e João Batista). Era um voto
de livre arbítrio que um indivíduo fazia a Deus, além dos deveres requeridos
pela Lei. O jejum tem essa natureza.

A IMPORTÂNCIA DE JEJUAR

A importância de jejuar é vista nas inúmeras referências positivas no Antigo
e Novo Testamentos. Há 30 exemplos positivos, comandos e instruções na
Escritura sobre o jejum:
Juízes 20:26 -- Israel jejuou pela vitória na guerra.

I Samuel 1:6-7 -- Ana jejuou para ter um filho.

I Samuel. 7:6 -- Israel jejuou por [causa de] arrependimento.

1 Samuel. 31:13 -- Os homens de Jabez Gilead jejuaram lamentando por Saul.

2 Samuel. 1:12 -- David e seus homens jejuaram lamentando-se por Saul,
Jônatas e os decaídos de Israel.

2 Samuel. 12 -- David jejuou pedindo misericórdia por seu filho [nascido de
Bate-Seba].

1 Reis 21:27 -- Acabe jejuou [pedindo] por misericórdia.

2 Crônicas 20:3 -- Jeosafá e Israel jejuaram [pedindo] por ajuda e proteção

Esdras 8:21-23 -- Esdras e o povo jejuaram [pedindo] por ajuda e proteção

Neemias 1:4 -- Neemias jejuou e se lamentou [pedindo] por ajuda a Jerusalém.

Neemias 9:1,2 -- Israel jejuando em lamento e arrependimento.

Ester 4:16 -- Ester e amigos jejuaram [pedindo] por vitória.

Ester 9:3 -- Jejuar é mencionado como tendo tido um papel na vitória.

Salmos 35:13,14 -- Jejuar em oração e lamentação.

Salmos 69: 10,11 -- Jejuar em oração e lamentação.

Isaías 58:6-8 -- O jejum que agrada a Deus.

Jeremias 36:9 -- Israel jejuou [pedindo] por misericórdia.

Joel 1:14; 2:12,15 -- Deus ordenou jejum e arrependimento.

Jonas 3:5 -- Os ninevitas jejuaram em arrependimento [pedindo] por
misericórdia.

Daniel 9:3 -- Daniel jejuou [pedindo] por sabedoria.

Mateus 4:2 -- Jesus jejuou quando tentado no deserto.

Mateus 6:17-18 -- Jesus prometeu que o Pai abençoaria o jejum.

Mateus 9:14-15 -- Jesus disse que seus discípulos jejuariam.

Mateus 17:21 -- O jejum é necessário para vencer algumas forças demoníacas.

Marcos 9:29 -- O jejum é necessário para vencer alguns baluartes demoníacos


Lucas 2:37 -- Jejuar era parte do serviço [prestado por] Ana a Deus.

Atos 13:2 -- O jejum era parte do ministério dos servos [de Cristo] em
Antioquia.

Atos 13:3 -- A ordenação [de pastores] era acompanhada por jejum.

Atos 14:23 -- A ordenação [de pastores] era acompanhada por jejum.

1 Coríntios 7:5 -- O jejum e a oração são a única razão adequada para a
abstinência no relacionamento conjugal.

2 Coríntios 6:5 -- O jejum foi um modo como Paulo se aprovou como um
ministro de Jesus Cristo.

2 Coríntios 11:27 -- Paulo jejuava com freqüência.

Esses exemplos e instruções sobre o jejum não podem ser considerados
superficialmente. Sabemos que os exemplos das Escrituras são tão importantes
quanto seus comandos diretos.

--1Co 10:11; Rom 15:4 -- e esses versos falam especificamente dos exemplos
do Antigo Testamento. O Senhor Jesus Cristo é nosso Padrão (1Pe 1:21). O
jejum de Cristo durante suas tentações no deserto é nosso exemplo, assim
como Suas orações durante as tentações no jardim são nossos exemplos. Também
sabemos que o apóstolo Paulo deve ser imitado - Flp 3:17; 4:9. Paulo coloca
diante de nós o exemplo de jejum freqüente (2Cor 11:27).

O simples fato de que o Espírito Santo coloca diante do povo de Deus tantos
exemplos positivos sobre o jejum, em si revela a importância de sua prática
espiritual.

Jejum é um dos modos pelos quais um ministro de Cristo se aprova

“4 Antes, como ministros de Deus, tornando-nos recomendáveis em tudo; na
muita paciência, nas aflições, nas necessidades, nas angústias, 5 Nos
açoites, nas prisões, nos tumultos, nos trabalhos, nas vigílias, nos jejuns
” (2Co 6:4-5 ACF)

Aqui, o jejum é mencionado lado a lado com coisas como paciência, pureza e
conhecimento. Paulo obviamente considera o jejum como uma parte muito
importante do ministério.

O Senhor Jesus fez uma promessa definida sobre o jejum

Quando alguém jejua da maneira adequada por uma razão adequada, “17 Tu,
porém, quando jejuares, unge a tua cabeça, e lava o teu rosto, 18 Para não
pareceres aos homens que jejuas, mas a teu Pai, que está em secreto; e teu
Pai, que vê em secreto, te recompensará publicamente.” (Mt 6:17-18 ACF).
Esta é uma das promessas mais maravilhosas na Bíblia e não pode ser
desconsiderada superficialmente. Deus não faria tal promessa se Ele não
considerasse o jejum importante. Cristo nunca desencorajou o jejum adequado.
Ele condenou e corrigiu falsas práticas, mas Ele nunca desencorajou o jejum
das Escrituras. De fato, Ele tinha como garantido que Seus seguidores
jejuariam. Em Mat 6:17, Ele não disse “Tu ... SE jejuares”. Ele disse: “Tu .
. QUANDO jejuares”

O Senhor Jesus disse muito claramente que Seus discípulos JEJUARIAM após Sua
partida da terra.

“14 ¶ Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que
jejuamos nós e os fariseus muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? 15
E disse-lhes Jesus: Podem porventura andar tristes os filhos das bodas,
enquanto o esposo está com eles? Dias,

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